Com sede, actualmente, no Centro de Interpretação de Arqueologia do Alto Ribatejo, em Vila Nova da Barquinha o Jornal Novo Almourol teve ao longo dos anos uma evolução ao nível de formato e grafismo que se apresenta nas imagens ao lado.
O jornal Novo Almourol teve, como longínquo iniciador da Comunicação Social entre nós, uma folha Paroquial intitulada “A Nossa Paróquia”. Era propriedade da Igreja de Santo António, desta Vila, e teve como fundador o Padre José Coelho Susano, então pároco desta freguesia. Era um sacerdote virado para a informação aos seus paroquianos, quer no que respeitava aos assuntos que localmente mais podiam interessar a comunidade mas também propícia à doutrinação religiosa, possibilitando um mais amplo conhecimento dos fundamentos da fé cristã.
A primitiva e improvisada redacção funcionava na Farmácia da Dr.ª Alice Vaz Tecedeiro, sob a responsabilidade do esposo da farmacêutica, amigo do Padre Susano e seu principal colaborador e braço direito no ofício de dar à luz um jornal de notícias.
Estávamos em Janeiro de 1957 quando saíu o primeiro número de A Nossa Paróquia. Foi ganhando progressivamente raízes e em Julho de 1958 apresenta-se com um novo figurino no cabeçalho, manifestando intenções de consolidação, apresentado uma inédita configuração, não de todo inocente, com a apresentação do brasão de armas do concelho, à esquerda, como símbolo dominante e à direita o emblemático Castelo de Almourol.
Estavam lançadas as bases estruturais do jornal com essa simbologia e nova roupagem, ponto de partida para a mudança que ocorreria em 1960. Nesse ano, no número 42, ano IV. o jornal muda de título, passando a ostentar a designação de “Almourol”, mantendo, vincadamente os símbolos anteriormente escolhidos; o brasão de armas e o Castelo de Almourol, agora corpo inteiro da publicação.
Em Julho de 1963, por influências de crescimento e das novas ideias, apresenta-se com um novo grafismo no título, pretenso modelo de sofisticação, sem abdicar da simbologia de origem, determinativa das origens do jornal – a Barquinha – e do seu significativo e importante monumento acastelado.
Estes dois temas associados pretendem afinal, afirmar a razão das raízes de onde emergiu e para o que ia nas intenções.